Manifestantes voltaram às ruas de diversas cidades brasileiras na terça-feira (13) pelo Fora Bolsonaro e Mourão, contra a privatização dos Correios, contra a reforma Administrativa e em defesa dos serviços públicos. O 13 de julho fez parte do calendário da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que terá o 24 de julho como mais um grande dia de mobilização em todo o país.
Participaram dos atos do dia 13 de julho movimentos sociais e populares, em unidade com entidades sindicais e estudantis. A diretoria nacional do ANDES-SN esteve presente no protesto em Brasília (DF), pela tarde, realizado próximo à Rodoviária do Plano Piloto. De manhã, na capital federal, a manifestação ocorreu em frente à sede dos Correios.
"O dia 13 de julho fica marcado como mais um dia de mobilização pelo Fora Bolsonaro e acumula com a permanente e necessária mobilização e fortalecimento da construção do 24 de julho, ainda maior e mais forte. Além disso, se caracterizou como um dia nacional de luta contra a privatização das estatais que tem na mira mais recente os Correios, um patrimônio histórico cuja função social vai muito além de entrega de correspondência e encomendas. A solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, que estão em luta, é mais do que o apoio a uma categoria. É a defesa dos serviços públicos que vêm sendo paulatinamente sucateados para serem vendidos e atender os interesses do Capital. Essa luta, portanto, é nossa”, afirma Regina Ávila, secretária-geral do ANDES-SN.
Jacó Almeida, da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), também ressaltou a importância da sociedade apoiar a luta das e dos trabalhadores dos Correios. "Esse é um ataque a uma empresa pública com mais de 358 anos de existência e que presta serviço em 5.570 municípios brasileiros.
Se os Correios forem privatizados, nenhuma empresa privada vai garantir esse serviço em todos os municípios, apenas nos locais que dão lucro. Hoje, os Correios fazem a integração, o subsídio cruzado, em que os locais que dão lucro custeiam as pequenas cidades", disse. “Tivemos uma reunião com o Arthur Lira (PP-AL) e ele [presidente da Câmara] se comprometeu a adiar a votação do PL 591 na Câmara e colocar em pauta após o recesso. Com isso, ganhamos um mês para continuar processo de mobilização e de organização uma possível paralisação nacional das e dos trabalhadores dos Correios em agosto”, completou.
Além das privatizações, as manifestações reivindicaram, ainda, as pautas levantadas nos atos anteriores de 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho, como a vacinação imediata e em massa contra a Covid-19, um auxílio emergencial de, no mínimo R$ 600 até o fim da pandemia, emprego, respeito aos direitos dos povos indígenas, entre outros temas. Leia aqui orientações da diretoria do ANDES-SN para os atos de 24 de julho.
Correios Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 591/21, que trata da privatização dos Correios. Se a empresa for privatizada, além de quase 100 mil trabalhadoras e trabalhadores demitidos, as postagens e entregas de produtos e outros serviços prestados nas agências dos Correios podem ficar mais caros ou ser extintos.