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ADUFOP realiza assembleias descentralizadas e aprova paralisação de 48 horas nos dias 29 e 30 de outubro contra a Reforma Administrativa

  • ADUFOP
  • 17 de out.
  • 5 min de leitura

A ADUFOP realizou, nos dias 13, 14 e 15 de outubro, assembleias descentralizadas nas cidades de Mariana, João Monlevade e Ouro Preto, respectivamente. Os encontros, que aconteceram nos auditórios do ICSA, do ICEA e na sede da ADUFOP tiveram como pauta: informes; análise de conjuntura, questões da multicampia/demandas de cada campus; paralisação de 48h nos dias 29 e 30/10, mobilização e caravana contra a Reforma Administrativa no dia 29 de outubro; e o pagamento do auxílio transporte/controle de frequência. 


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Assembleia em Ouro Preto


Um dos principais pontos deliberados foi a paralisação de 48 horas nos dias 29 e 30 de outubro contra a Reforma Administrativa, com organização de caravana para Brasília e mobilização local. Os/as interessados/as em participar da caravana devem encaminhar e-mail para secretaria@adufop.org.br


Durante as Assembleias, foram apresentados diversos informes, incluindo a entrada de Gustavo Maia, novo jornalista para a equipe de comunicação da entidade, o edital de contratação de auxiliar administrativo, sobre a chamada para o Caderno de Textos da ADUFOP Vol.2, o alerta sobre a aplicação de golpes financeiros utilizando perfis falsos de whatsapp com nome e foto do assessor jurídico da ADUFOP e sobre a realização do I Encontro de Aposentados e Aposentadas, no dia 18 de setembro, na sede da ADUFOP. O evento marcou, de forma mais enfática, o início de uma política de valorização e resgate da memória sindical da entidade, reunindo docentes para diálogo, orientações jurídicas e confraternização.

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Assembleia em João Monlevade


Também foi informada a realização do 7ª Encontro Por um Novo Modelo de Mineração | 7ª Jornada de Debates na mineração, encontro construído pela FLAMa-MG, entidade que a ADUFOP compõe, e que neste ano pauta o marco dos 10 anos do rompimento/crime da Barragem de Fundão, em Mariana. Também, a construção de ações, em articulação com o DCE, que reivindicam memória, verdade e justiça acerca do período da ditadura militar, dentre elas uma visita ao Memorial de Direitos Humanos (Antigo DOPS), em Belo Horizonte, no dia 25 de outubro (inscrições até 21 de outubro no forms.gle/LTghUmcEqF7Tnsti7), e o anúncio da data da tradicional confraternização de aniversário da ADUFOP, a ser realizada no dia 5 de dezembro, a partir das 19h,  no Centro de Artes e Convenções da UFOP.


Na análise de conjuntura, a professora Kathiuça Bertollo, presidenta da ADUFOP,  abordou alguns aspectos da Reforma Administrativa, cujo grupo de trabalho na Câmara dos Deputados apresentou seu relatório em 2 de outubro, juntamente com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um Projeto de Lei Complementar (PLP) e um Projeto de Lei (PL). Tal proposta é compreendida como um conjunto de medidas que somente irão precarizar o serviço público, atacando a estabilidade, impondo metas, promovendo o achatamento estrutural das carreiras e salários, e estabelecendo um teto de gastos. A reforma também prejudica aposentados e aposentadas, altera a ocupação em cargos comissionados, progressão, promoção e adicionais, e tende a extinguir os concursos públicos, atingindo as três esferas dos servidores (federal, estadual e municipal) descaracterizando o serviço público.


O FONASEFE, fórum que o ANDES-SN constrói junto a outras entidades, está desenvolvendo ações para evitar que essa proposta seja encaminhada para votação este ano. O Fórum Mineiro de luta contra a Reforma Administrativa, que a ADUFOP integra, já enviou duas cartas aos deputados apresentando os retrocessos propostos nos PLs e solicitando que votem contra tal proposta.


Acerca das questões de multicampia foi dialogado sobre o Hospital Universitário em Mariana, que é importante e necessário para a região, mas ao ser implantado via EBERSH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) traz novos dilemas à UFOP e à categoria docente. Também, o novo campus em Ipatinga foi tema de debate, considerando o cenário de falta de recursos, cortes de terceirizados, e questões relacionadas à garantia das políticas de assistência e moradia estudantil. Especificamente na assembleia de João Monlevade, foram apresentadas demandas acerca da necessidade de a UFOP qualificar o atendimento na área da saúde aos servidores. Também foi evidenciada a falta de intérprete de LIBRAS para garantir condições de trabalho adequadas a uma docente do Instituto, questões estas que serão oficiadas à gestão da UFOP a fim de buscar soluções.


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Assembleia em Mariana


A diretoria da ADUFOP considera que a questão da multicampia é um debate urgente de ser mais fortemente realizado pela categoria docente, neste sentido foi assumido no programa da chapa “estar atenta aos dilemas e questões impostos pela multicampia, a fim de zelar pelos direitos da categoria docente e a partir da dinâmica da multicampia enraizar-se nos diferentes campi/espaços de trabalhos, com a realização de assembleias descentralizadas, palestras/debates, atividades culturais e de confraternização entre o conjunto de sindicalizadas/os”, e as assembléias agora realizadas representam avanço nessa questão coletiva.


A Instrução Normativa (IN)  Nº 71 de fevereiro de 2025, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), referente ao auxílio transporte e controle de frequência, também foi pautada. A ADUFOP reforçou que a forma assumida pela PROGEP- UFOP, através de um formulário do Google é problemática, uma vez que as informações são repassadas para além da UFOP, para uma Big Tech, criando um banco de dados de cada docente e da própria universidade, que pode ser utilizado para fins muito além do que se refere à vida funcional de cada docente, ou seja, não pode ser naturalizado nenhum procedimento que signifique renúncia da autonomia universitária em relação às informações de seu funcionamento.  


Além disso, significa um explícito controle de frequência, e a categoria docente já possui respaldo legal e normativo que dispensa tal procedimento. A Diretoria reitera aos professores que se orientem pelas notas já emitidas pela entidade acerca do formulário. Ainda, foi deliberado o encaminhamento de um terceiro ofício à PROGEP solicitando mais informações sobre as questões trazidas pelos presentes nas assembleias. Por fim, foi informado que uma ação judicial já está em andamento, aguardando manifestação da UFOP e da juíza responsável.


Notas emitidas pela ADUFOP:


Após as assembleias os/as docentes participaram de confraternização. No ICEA, contou com a participação de docentes, estudantes, TAEs e do público que esteve na mesa “O contexto da mineração em Ouro Preto, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Itabira e região”. Na sede da ADUFOP, como parte da confraternização, foi realizada a leitura dramática de trecho da obra A Mãe, de Bertolt Brecht, pelo grupo teatral MOTIM. Ação esta que está em alinhamento ao assumido por esta diretoria no Programa de Atuação Político Sindical que prevê a articulação cada vez mais organizada com o movimento estudantil.


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Apresentação do Grupo MOTIM


 
 
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