Mesmo debaixo de chuva e clima frio, docentes das sete universidades estaduais do Paraná – UEL, UEM, UEPG, Unioeste, Unicentro, UENP e Unespar - se somaram a representantes de outras categorias do serviço público do estado em protesto em defesa da data-base e da valorização do funcionalismo paranaense. As manifestações ocorreram no Palácio do Iguaçu, sede do Executivo, e na Assembleia Legislativa do estado (Alep), na capital Curitiba, e foram organizadas pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES).
“Lembramos que há oito anos o estado do Paraná não faz a reposição integral das perdas salariais. Se nós considerarmos esses oito anos, a defasagem já chega, agora em maio, a quase 40%. Apesar do governo ter feito alguns ajustes nas carreiras, principalmente para os e as docentes das universidades estaduais, esses ajustes foram insuficientes para repor o grau de perda salarial que existe na categoria. Além disso, algumas carreiras de servidores do estado não chegaram nem ter recomposição salarial via carreira e estão com uma defasagem intensa e são, inclusive, as categorias de servidores que ganham os menores salários no estado, como, por exemplo, os agentes das escolas e os agentes operacionais de apoio nas universidades estaduais”, explicou Sabrina Grassioli, presidenta da Associação de Docentes da Universidade do Oeste do Paraná (Adunioeste SSind).
No período da tarde, parte dos manifestantes acompanhou a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alep. Após a sessão, representantes do FES foram recebidos pelo líder do governo na Casa, deputado Hussein Bakri (PSD). Expostas as pautas e reivindicações, o deputado se comprometeu a intermediar um diálogo com o governo. Bakri anunciou que, na próxima semana, será realizada uma reunião com a diretoria geral da Casa Civil para tratar das demandas das servidoras e dos servidores.
“Ainda não há nada concreto sobre qualquer proposta do governo em relação à data-base. Inclusive o 1º de maio [data-base], que é estabelecido legalmente tanto pela lei federal quanto pela estadual no Paraná, não foi cumprido novamente no Paraná. Não foi pago nada em relação à data-base, e, portanto, os servidores seguem na pressão contra o governo para a recomposição de seus salários, e o cumprimento das leis que o Estado vem se negando a cumprir já há quase 8 anos”, ressaltou a presidenta da Adunioeste SSind.
Fonte: ANDES-SN* Foto: Adunioeste SSind.