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Governo anuncia desligamento do país de ‘Consenso Internacional de Genebra’ contrário ao aborto

  • ADUFOP
  • 26 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

Ativistas vão às ruas do centro do Rio de Janeiro em marcha pela legalização do aborto na América Latina em 2018. Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

O governo brasileiro anunciou na última semana (17) o desligamento do país da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família.


O documento, assinado por mais de 30 países, é contra o aborto e defende o direito à vida e o reconhecimento da família como base da sociedade. A adesão do Brasil à declaração foi feita durante o governo Jair Bolsonaro (PL) em 2020. A iniciativa foi promovida pelos Estados Unidos da América, no governo de Donald Trump, e tem apoio de países como Arábia Saudita, Sudão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bielorrússia.


Em nota conjunta, os ministérios das Relações Exteriores, da Saúde, das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Cidadania informaram que o governo federal considera que o documento possui "entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família", o que poderia comprometer a legislação nacional sobre o tema, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).


No Brasil, o aborto é autorizado em casos em que há risco de vida para a gestante; a gravidez resulte de

estupro ou tratar-se de feto anencéfalo.


"O Governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares", completou.


Na mesma nota, o governo brasileiro comunicou à Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e à Comissão Interamericana de Mulheres da Organização dos Estados Americanos (OEA) a decisão de se associar ao Compromisso de Santiago e à Declaração do Panamá, por estarem alinhados com a legislação brasileira e promoverem a igualdade e a equidade de gênero em diferentes esferas, assim como defenderem os direitos sexuais e reprodutivos e combaterem todas as formas de violência e discriminação.


Fonte: ANDES-SN

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