As professoras e os professores das universidades Estadual do Maranhão (Uema) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) realizaram um grande ato, nessa segunda-feira (4), na capital São Luís. Com ampla participação da categoria, a caminhada pelo centro da cidade contou ainda com a presença estudantes, técnicas e técnicos-administrativos e representantes de movimentos sociais e sindicais que apoiam a greve docente.
Em frente ao Palácio dos Leões, sede do governo estadual, as e os manifestantes gritaram palavras de ordem e cobraram a abertura efetiva de negociação e uma posição do Executivo em relação à greve e à pauta da categoria. Segundo Bruno Rogens, presidente do Sindicato de Docentes das Universidades Estaduais Públicas do Maranhão (Sinduema Seção Sindical do ANDES-SN), o governador Carlos Brandão Júnior (PSB) não atendeu ao pedido de reunião.
Ao final do ato, as e os docentes abordaram parlamentares, que saíam do Palácio, e cobraram a intervenção deles junto ao governador para que haja resposta à categoria, em greve desde 24 de agosto. De acordo com Rogens, são 12 dias de paralisação, 2 mil professores em greve e 50 mil estudantes sem aula. “Houve esse saldo de encontrar com dois parlamentares, um federal e outro estadual, que se prontificaram a apoiar a causa da categoria e ajudar nas negociações. O governo do Maranhão continua com a posição de não apresentar uma proposta”, avaliou.
Segundo o presidente do Sinduema SSind., após a manifestação, houve contato da Secretaria de Planejamento e Orçamento e Secretaria Estado da Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores (Segep) e uma reunião foi marcada para esta quarta-feira (6). “Entendemos essa ligação como uma reação à nossa presença em frente ao Palácio”, acrescentou. “A greve continua forte, com ampla adesão, mas o governo não sinaliza com nenhuma contraproposta”, concluiu.
Histórico Em abril deste ano, o Sinduema SSind. protocolou a pauta da categoria junto ao governo do estado. Desde então, o sindicato realizou diversas atividades para pressionar pela abertura de diálogo. No entanto, não receberam qualquer retorno, o que levou a deflagração da greve, por tempo indeterminado, no último dia 24 de agosto. Confira a pauta da categoria: - Recomposição salarial integral de 50,28% nos vencimentos dos docentes (perdas acumuladas no período de julho de 2012 a fevereiro de 2023); - Isonomia salarial entre professores efetivos e substitutos de acordo com sua Titulação; - Nomeação imediata de professores efetivos aprovados em concurso público na Uema e Uemasul; - Concurso público imediato para a diminuição da proporção entre substitutos e efetivos na Uema e Uemasul; - Conclusão imediata das obras do novo campus da Uema em Balsas; - Recomposição do orçamento da Uema e Uemasul.
Fonte: ANDES-SN *fotos: Sinduema SSind.
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