O Comitê Central de Mobilização dos Estudantes e Trabalhadores da Região dos Inconfidentes manifesta sua indignação diante das agressões sofridas pelos moradores de Ouro Preto, e proferidas pela Guarda Municipal na última quarta-feira (19), que protestavam contra as tarifas abusivas de água e esgoto cobradas pela empresa SANEOURO. Os manifestantes protestavam de forma pacífica, dentro da Prefeitura de Ouro Preto, durante um ato público que exigia a expulsão da empresa, quando membros da Guarda Municipal jogaram spray de pimenta em idosos, jovens e mulheres, expulsando-os do prédio, com cacetetes, empurrões e outras formas de violência física. Por conta do ato covarde, moradores idosos foram encaminhados à UPA da cidade.
O repúdio estende-se também ao prefeito Ângelo Oswaldo que, comportou-se como porta voz da empresa privada, e fez uma declaração condenando a manifestação e transferindo a culpa das agressões ocorridas aos moradores, acusando-os de vandalismo, num ato sórdido de condescendência à violência promovida pela Guarda Municipal. Tal atitude demonstra o alinhamento absoluto do prefeito com as práticas adotadas pela SANEOURO, indo absolutamente ao contrário das promessas de campanha de remunicipalização do serviço de água e esgoto.
O Comitê reforça que o ato do governo de Ângelo Oswaldo em agredir trabalhadores, idosos e estudantes durante mobilização legal e pacífica flerta com o fascismo e com governos ditatoriais que oprimem, trucidam e silenciam movimentos de oposição que lutam por direitos. Na ocasião, o Comitê destaca seu incontestável apoio a todas as organizações da sociedade civil que compõem um amplo movimento do povo de Ouro Preto pelo Fora SANEOURO, que reivindica a remunicipalização do sistema de água e esgoto na cidade, bem como o boicote ao pagamento das contas que trazem valores irreais e sufocam as economias das famílias ouro-pretanas.
O Comitê endossa o convite às manifestações populares, inclusive a que ocorrerá nesta quarta-feira (26), às 16h, na Praça da Estação, pela saída da SANEOURO da cidade.
Água não é mercadoria, é DIREITO!
