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Professores e professoras realizam novo dia de paralisação na Argentina

Docentes das universidades públicas da Argentina se somaram às demais categorias do setor da Educação, de todos os níveis, em mais um dia nacional de greve de professores e professoras, nessa quinta-feira (4). Por todo o país, foram realizadas aulas públicas, panfletagens, atos, rádios abertas, bandeiraços e protestos em frente às universidades, faculdades e escolas.


Protesto em frente à Universidade de Buenos Aires. Foto: Conadu Historica

Na pauta da manifestação, a recomposição salarial, a restituição e pagamento do Fundo de Incentivo Docente (Fonid) - eliminado por decreto pelo governo de Javier Milei em 26 de março -, convocação urgente para a paritária nacional docente, aumento imediato do orçamento para a Educação, atualização previdenciária urgente e defesa da mobilidade e fundo de emergência para os serviços de saúde.


As e os docentes também protestam contra a demissão em massa de trabalhadores e trabalhadores de outros setores do serviço público. O governo de extrema direita já demitiu mais de 11 mil trabalhadores contratados e anunciou que irá cortar ainda outros milhares de postos de trabalho no serviço público. Na quarta-feira (3), a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) organizou uma manifestação nacional com atos em todos os postos de serviços públicos. 


"Os servidores públicos conseguiram entrar na maioria dos ministérios e órgãos e ocupar seus postos de trabalho. Mas tem que ficar claro que hoje nada termina, hoje tudo começa porque o governo definitivamente está indo atrás dos 70.000 contratados e tenta fazer o Estado desaparecer tal como o concebemos até agora", afirmou o Secretário Geral da ATE, Rodolfo Aguiar. 


Maanifestação na Faculdade de Ciencias Agrárias na Universidade Cuyo. Foto: Fadiunc

Uma nova greve geral das servidoras e dos servidores foi convocada para esta sexta-feira (5). As e os docentes realizam uma paralisação geral de 48 horas nos dias 10 e 11 de abril, no contexto da Jornada de Luta decidida pela Frente Sindical das Universidades Nacionais, da qual fazem parte diversas entidades sindicais docentes entre as quais a Conadu Histórica.


Protesto docente cobra justiça por morte de professor

A paralisação nacional realizada pelo setor da Educação nesta quinta (4), coincidiu com o aniversário de 17 anos do assassinato de Carlos Fuentealba. Milhares foram às ruas cobrar justiça pela morte do professor e exigir a prisão de Jorge Sobisch. 


Em 4 de abril de 2007, Fuentealba foi assassinado pela polícia de Neuquén, então governada por Sobisch, durante uma brutal repressão policial a uma greve de professores e professoras, que exigiam recomposição salarial. O ex-governador que até o momento permanece impune apesar de sua responsabilidade no assassinato do professor.


Fonte: ANDES-SN * Com informações da Conadu Histórica e Agencia de Noticias RedAcción 

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