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20 de novembro: Dia da Consciência Negra


20 de novembro: Dia da Consciência Negra


Hoje celebra-se em todo o brasil o Dia da Consciência Negra. A data, uma homenagem a Zumbi dos Palmares, lembra os séculos de lutas e resistências do povo negro contra a escravidão e o racismo. Zumbi dos Palmares e Dandara foram dois dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial e lideraram o Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravizados que fugiam dos engenhos, indígenas e brancos pobres expulsos das fazendas.


No dia em que celebramos esta data de suma importância, acordamos com a notícia de que ontem (19) à noite, um homem negro, João Alberto Silveira Freitas de 40 anos, foi espancado até a morte por dois homens brancos, seguranças da rede de supermercados Carrefour em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.


Nesta semana também, a primeira vereadora negra eleita em Joinville, Santa Catarina, a professora Ana Lúcia Martins (PT) tem sofrido ataques racistas e ameaças de morte nas redes sociais.


Segundo dados divulgados em agosto deste ano pelo Atlas da Violência de 2020, os assassinatos de negros aumentaram 11,5% em dez anos, enquanto os de não negros caíram 12,9% no mesmo período da pesquisa. Entre os negros, a taxa de homicídios no Brasil saltou de 34 para 37,8 por 100 mil habitantes entre 2008 e 2018. Os dados mostram também que, em 2018, os negros representavam 75,7% das vítimas de todos os homicídios.


Estes fatos históricos e contemporâneos explicitam que o racismo é estrutural, institucional e também decorrente do capitalismo. É expressão da barbárie institucionalizada, quase que naturalizada em nosso meio e que tem se agravado a cada dia em decorrência do fascismo, do conservadorismo e do acirramento das contradições entre as classes sociais.


Racismo não é desculpável, é crime em qualquer circunstância.


A ADUFOP reafirma a importância de lutar contra o racismo estrutural e institucional, e nesse sentido, também encampa e chama para a luta anti-capitalista e por uma sociabilidade verdadeiramente livre e emancipada em que todos possam viver em plenitude.


“Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista.” Angela Davis



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