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ADUFOP e movimento estudantil ocupam a UFOP e ruas de Mariana

Em diversas cidades do país, manifestantes saíram às ruas nessa terça-feira (18) no Dia Nacional de Luta contra o Confisco das Verbas da Educação. Docentes, estudantes, técnicas e técnicos protestaram devido aos sucessivos cortes, contingenciamentos e confiscos feitos nos recursos destinados ao Ministério da Educação pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). O último ataque ocorreu no final de setembro, quando foi publicado um decreto que reprogramava o orçamento do MEC até o final do mês de novembro, impactando as universidades, institutos federais e cefets.


Na UFOP, a ADUFOP e o movimento estudantil realizaram ato com microfone aberto em frente ao Restaurante Universitário, Campus Morro do Cruzeiro, às 12h. A participação, especialmente das/dos estudantes, foi intensa. Foram realizadas falas demarcando as contradições e precariedades que perpassam a universidade, especialmente em relação à assistência estudantil, à cobrança da energia elétrica, à falta de segurança nas moradias, à falta de biblioteca para estudantes do curso de filosofia, dentre outras questões.

Ao chegar ao local de realização do ato, as/os diretoras/es e funcionários da ADUFOP e estudantes foram interceptadas pelo segurança de um banco privado que tem agência no campus, e ouviram dele que aquele espaço (rampa de acessibilidade e seus arredores) pertencia ao banco através da concessão. Dessa forma, cartazes e bandeiras não poderiam ser afixados no local. O segurança demarcou ainda que no espaço próximo ao banco as grades haviam sido pintadas/conservadas por eles. Reconhecendo que a universidade é pública, o ato foi realizado no local. Mas chamou atenção da diretoria da entidade o “lembrete” que as grades haviam sido pintadas pelo banco privado com sede na UFOP. A situação demonstra as contradições que se põem nas universidades: as dificuldades e a disputa ideológica e de ocupação de espaço público.


Em Mariana, a concentração iniciou às 16h no estacionamento do ICSA. Foram confeccionadas faixas e cartazes e às 17h as/os manifestantes saíram em passeata rumo ao ICHS. Ao longo do percurso, muitos/as trabalhadores/as em ônibus de transporte público e em ônibus que fazem o translado até as mineradoras manifestaram apoio à manifestação e às pautas que eram reivindicadas. Foram realizadas falas denunciando os cortes de verbas na educação, o negacionismo, o descaso com a vida da classe trabalhadora, os discursos de ódio, dentre outras ações propagadas pelo atual governo federal, que pelos/as manifestantes foi denominado de genocida, corrupto e pedófilo.


A realização destes atos configura uma forte retomada das entidades da educação às ruas nas cidades sede da UFOP. Os atos foram estimulados pelo contingenciamento de recursos anunciado pelo Governo Federal em 30 de setembro de 2022 e após mais um ataque à educação, às universidade e aos servidores públicos, realizado pelo atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro em debate eleitoral, em rede nacional, afirmou que “durante a pandemia, dois anos, as universidades ficaram fechadas, dois anos. Não fazia sentido criar universidade para ficar fechada.”


Não é a primeira vez que Bolsonaro e seu governo atacaram as instituições de ensino públicas e difamam a categoria docente. Que tenhamos força para derrotar Bolsonaro nas urnas no dia 30, e nas ruas!


Confira algumas fotos dos atos em Ouro Preto e Mariana :





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