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ADUFOP realiza aula pública em Solidariedade à Palestina

  • ADUFOP
  • 13 de jun.
  • 3 min de leitura

Na última quarta-feira (11), aconteceu a aula pública "A Palestina não está só: Contra o campo de concentração em Gaza". A iniciativa é parte da programação de formação político-sindical da ADUFOP, em parceria com entidades sindicais, partidos políticos e movimentos sociais da região, e reforçou o compromisso com a solidariedade internacional e a defesa do povo palestino.


A mesa foi composta por Tânia Arantes, professora de História das redes estadual e municipal de ensino de Ouro Preto, Mariana e Itabirito, conselheira sindical pelo SIND-UTE, integrante do coletivo Educação em Luta da CSP-CONLUTAS e militante do PSTU; Demian Cunha, professor mestre em Geografia pela UFES e coordenador do Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino e militante do Revolução Brasileira; e Soraya Misleh, jornalista palestino-brasileira, doutora em Estudos Árabes pela USP, autora do livro “Al Nakba – um estudo sobre a catástrofe palestina” e coordenadora da Frente em Defesa do Povo Palestino-SP. 

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A ADUFOP reforça seu compromisso com a solidariedade internacional e a defesa do povo palestino. O ANDES-SN possui resoluções de apoio e solidariedade ao povo palestino, além de adesão à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra o Estado de Israel.


Tânia Arantes, durante sua fala, afirmou que não há justificativa plausível para o genocídio em Gaza. Segundo ela, “os palestinos vivem submetidos ao terrorismo de guerra, a um regime de apartheid, foram desapropriados dos meios de produção e estão sujeitos a um nível extremo de exploração econômica e social enquanto trabalhadores. E, por isso, estão sendo eliminados”.


Soraya Misleh compartilhou relatos  sobre a trajetória de sua família palestina, contextualizando o desenvolvimento histórico da Palestina e a luta contra o sionismo. “Nossa revolta não cabe mais no nosso peito e escorre pelos olhos”, declarou. A jornalista explicou as origens do movimento sionista no final do século XIX e destacou como sua presença e atuação na Palestina antecedem em décadas a atual ofensiva militar iniciada em outubro de 2023, evidenciando que a violência contra o povo palestino não é recente, mas parte de um processo contínuo de colonização e apartheid.


Demian Cunha trouxe dados para dimensionar a gravidade dos crimes cometidos em Gaza, enfatizando o caráter genocida da ofensiva israelense. Destacou, por exemplo, a morte de mais de 219 profissionais da comunicação desde o início dos ataques,  número alarmante quando comparado aos 60 jornalistas mortos durante toda a Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, esses dados revelam uma tentativa sistemática de silenciar as denúncias e bloquear o acesso à informação sobre o que ocorre na região.


Participantes da aula pública também se manifestaram ao final do evento, destacando a relevância do debate e a urgência da mobilização local/regional em defesa da Palestina. Reforçaram a importância de espaços formativos como esse nas universidades públicas e nos sindicatos, denunciaram o silêncio de setores da mídia e do governo brasileiro diante do massacre em Gaza. Além disso, exigiram que o governo federal rompa relações diplomáticas e comerciais com Israel. Também denunciaram a ação violenta de Israel que, no último dia 9, interceptou ilegalmente o barco Madleen, da Coalizão Flotilha da Liberdade, em águas internacionais. A embarcação levava ajuda humanitária à população palestina situada na Faixa de Gaza e tinha entre seus 12 tripulantes o ativista brasileiro Thiago Ávila. 


Como encaminhamento deste potente debate foi sinalizada a criação de um Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino em articulação dos municípios de Ouro Preto e Mariana. Encerrando a atividade, Kathiuça Bertollo, presidenta da ADUFOP, agradeceu a presença de todos, reafirmou o apoio ao povo palestino e ressaltou a importância de que esta pauta não seja reduzida a eventos pontuais, mas sim, seja incorporada na atuação cotidiana das entidades sindicais e movimentos sociais.

A professora Kathiuc
Kathiuça Bertollo, presidenta da ADUFOP, assinou a bandeira da Palestina do Comite Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino


 
 
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