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Assembleia da ADUFOP debate conjuntura política, cortes orçamentários e aprova adesão à paralisação nacional

  • ADUFOP
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Encontro marca a primeira assembleia da nova gestão, que discutiu os desafios locais e nacionais para a educação pública, além de aprovar a adesão à paralisação do dia 26 de junho


Em assembleia realizada na última segunda-feira (23), a ADUFOP aprovou adesão à paralisação nacional da educação, agendada para esta quinta-feira, 26 de junho. A mobilização ocorre em todo o país e denuncia a crise orçamentária nas universidades, o não cumprimento do acordo de greve de 2024 e os riscos da retomada da reforma administrativa (PE C 32).A ADUFOP convoca a categoria docente para um ato público na Praça Tiradentes/Ouro Preto, das 9h às 12h, com café da manhã coletivo, aula pública e diálogo com a população acerca da preocupante situação da educação superior pública. A atividade visa denunciar o desmonte da educação pública, os ataques aos serviços públicos e reivindicar mais recursos financeiros para as instituições de ensino superior públicas.



Por que vamos parar?

A decisão da paralisação vem em um contexto de forte deterioração das condições de trabalho nas universidades. Na UFOP, os cortes orçamentários já afetam diretamente atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de ameaçarem postos de trabalho de terceirizados nos setores de limpeza, transporte e recepção.


Além disso, um ano após o encerramento da greve de 2024, o governo federal não cumpriu integralmente o acordo firmado com a categoria, o que gera indignação e frustração entre docentes e demais servidores públicos. A conjuntura se agrava com a retomada do debate em torno da Reforma Administrativa, que ameaça desestruturar ainda mais os serviços e políticas sociais públicas e as condições laborais do funcionalismo público.


No âmbito estadual, o governo Zema também promove ofensivas contra os serviços públicos em Minas Gerais, com projetos que sinalizam a privatização de empresas e das universidades estaduais, como a UEMG.


Durante a assembleia, a diretoria da ADUFOP destacou que a situação da UFOP exige atenção de toda comunidade acadêmica. A expansão da Universidade com o anúncio do campus de Ipatinga e do Hospital Universitário trazem complexidades para o seu funcionamento. Sem o devido aporte de recursos, coloca em risco a qualidade do ensino e das condições de trabalho. Atualmente já não estão sendo garantidas condições básicas para a oferta de disciplinas, projetos de extensão e demais componentes curriculares que necessitam de transporte e insumos para seu acontecimento.


O quadro se agrava com as declarações recentes do Ministro da Educação sobre a necessidade de “novas formas de financiamento”, que podem abrir ainda mais as portas para a privatização e a transferência de responsabilidades do Estado para o setor privado, aprofundando a precarização que já é vivenciada cotidianamente.


Vamos às ruas!

A paralisação nacional é uma oportunidade de fortalecer a luta em defesa:

  • Da recomposição real do orçamento das universidades públicas;

  • Do cumprimento integral do acordo da greve de 2024;

  • Contra a reforma administrativa e qualquer projeto de desmonte dos serviços públicos;

  • Contra os cortes, as demissões de trabalhadores terceirizados e a precarização da educação.


Além da deliberação sobre a paralisação, a assembleia também foi espaço para discutir temas fundamentais que impactam diretamente a categoria e a universidade. Entre os pontos debatidos, estão a preocupação com os efeitos dos cortes sobre os trabalhadores terceirizados e a manutenção dos serviços essenciais, além da falta de transparência na relação da UFOP com o Instituto Tecnológico Vale - ITV , tema que motivou o envio de um ofício à reitoria solicitando maiores informações e que foi assinado pela ADUFOP, pelo ASSUFOP e pelo DCE.


A conjuntura internacional também foi pauta, especialmente os ataques à Palestina e os riscos de escalada dos conflitos no Oriente Médio. No cenário nacional, além da crise orçamentária e da ameaça da reforma administrativa, a categoria manifesta preocupação com propostas que colocam em risco a educação pública e sinalizam processos de privatização como no âmbito estadual, o avanço do programa Propag, desencadeado pelo governo Zema.


Por fim, a assembleia reforçou que as negociações com o governo federal seguem estagnadas, sem avanços em relação às pautas acordadas há um ano, o que evidencia a importância de fortalecer a mobilização em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.


A ADUFOP reforça a importância de a categoria docente aderir a paralisação das atividades laborais e participar ativamente no ato construído em conjunto com as demais entidades da educação da região. A construção de uma luta coletiva e firme é necessária para a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Vamos todas/os à Praça Tiradentes, no dia 26/06!

 
 
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