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Bolsonaro nomeia pastor e militar da reserva para o MEC

Depois de quase um mês sem ministro da educação, na última sexta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro anunciou um novo nome para a pasta: o professor, militar da reserva e pastor da Igreja Presbiteriana Milton Ribeiro. Teólogo e advogado, Ribeiro é ex-vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e não tem experiência no setor público.


Ribeiro será o quarto ministro nomeado para a pasta em um ano e meio de governo. Os antecessores são Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli (que não chegou a assumir o cargo).


O ministro já provocou espanto nas redes sociais por declarações anteriores. Em um dos vídeos polêmicos, chamado de “A Vara da Disciplina”, disponível na internet, o ministro defendeu que crianças devem ser severamente castigadas, pois "a correção é necessária para a cura”. “Deve haver rigor, desculpe. Severidade. E vou dar um passo a mais, talvez algumas mães fiquem com raiva de mim. Deve sentir dor”, afirma ele durante uma pregação religiosa. "Mas cuidado. Não te excedas a ponto de matá-lo.”, conclui, ignorando o Artigo 136 do Código Penal (a prática de maus-tratos é passível de punição); o artigo 18-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante) e o simples bom senso. Ribeiro também aparece,em vídeo gravado durante culto, em 2018, defendendo que "as universidades" ensinam "prática totalmente sem limites do sexo".


De acordo com a Plataforma Lattes, mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ele é graduado em Teologia e Direito, com mestrado em Direito e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo. Ainda é membro do Conselho Deliberativo do instituto Presbiteriano Mackenzie, entidade mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Com informações ANDES-SN


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