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Depois da derrota com a aprovação da Reforma da Previdência

Cada docente, hoje efetivo, começará a conviver com os docentes terceirizados, e a contratação via concurso será uma forma em extinção.


Terceirizado é um (a) trabalhador (a) com péssimas condições de salário e trabalho. Não é funcionário público: tem compromisso com a empresa que o contrata e não com a Universidade. Não se filia ao sindicato...


Na esteira dessa realidade, virá a precarização do concursado, expressa na simbiose do arrocho salarial (um desdobramento da falta de unidade da categoria) com outras e novas demandas advindas da minoração do financiamento público às universidades.


A extensão, com a curricularização, vai virar, na prática, disciplina obrigatória. Acaba a extensão: vira hora/aula, sem compromisso com a comunidade, sem bolsa, sem suporte, sem intenção real com a sociedade e seus dramas.


A pesquisa, com os cortes do financiamento público, somente será realizada em parceria (sempre desvantajosa) com a iniciativa privada, ou vai migrar para "centros de pesquisa (?)".


Acaba o tripé: ensino, pesquisa e extensão, que hoje, da forma como acontece, precisa de maior compromisso com a transformação da sociedade.


Ficará só o ensino: técnico e rebaixado aos interesses próprios das empresas terceirizadas e do governo federal privatista.


Sem verbas para custeio, investimento, ensino, pesquisa e extensão; com docentes e técnicos terceirizados e com condições de salário e trabalho aviltantes; com taxas e mensalidades sobre os estudantes, que com certeza serão impostas…


A tendência de desmonte e falência da Universidade Pública está posta!


Depois de mais uma derrota, com a aprovação da Reforma da Previdência, vem por aí o Pacote Autonomia-Privatização das Universidades.


Pode se preparar para batalha!


Põe isso no seu plano de trabalho semestral!


Brasília, 12 de junho de 2019.


Prof. André Mayer

Presidente da Adufop

Seção Sindical do Andes - SN

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