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Docentes da UFOP aprovam encerramento da greve em 1º julho



Docentes da UFOP aprovaram encerramento da greve em 1º julho e proposta de retorno às aulas em 8 de julho. A decisão aconteceu em Assembleia Geral ADUFOP realizada ontem (27), no auditório do DEGEO, com transmissão simultânea para o ICEA, em João Monlevade.  


A proposta de uma possível data de retorno das aulas será encaminhada ao Conselho Universitário da UFOP (CUNI) e à reitoria da UFOP. Destacando que a atribuição sobre o calendário universitário é prerrogativa do CUNI, que deverá decidir sobre o retorno das aulas e a reestruturação do calendário acadêmico. 


O Comando Local de Greve (CLG) se reuniu com a reitoria da UFOP, na última segunda (24) para discutir o calendário acadêmico, dentre outros pontos. Durante a reunião, a Pró Reitoria de Graduação (PROGRAD) apresentou inicialmente três propostas de calendário, na tentativa de dialogar com a demanda de equidade de gênero apresentada pelo coletivo Andorinhas (à PROGRAD e ao CLG) que também dialoga com posicionamentos explicitados em Assembleia (preservação de períodos de recesso em coincidência com recessos de escolas de nível fundamental e médio – julho e janeiro). São políticas de igualdade e também de preservação do direito ao descanso que a ADUFOP defende. A essas propostas, somou-se demanda de retorno dos TAEs, indicada para a partir de 2 de julho e a necessidade de apreciação e revogação da suspensão dos calendários da graduação e da extensão e da necessidade indicar período de flexibilização de lançamento de faltas e proibição de realização de atividades avaliativas, bem como de prazos de trancamento de matrícula, dentre outras demandas. Na terça-feira, a PROGRAD reuniu-se com o coletivo Andorinhas e o CLG participou da reunião. Como consolidado dessa reunião, o coletivo abdicou do recesso em julho deste ano em favorecimento de um período maior em janeiro de 2025, a saber, de 21 de dezembro de 2024 a 21 de janeiro de 2025, sem prejuízo de atendimento ao recesso em julho de 2025 e 2026. Em função do indicativo de convocação de CUNI extraordinário em 02 de julho e com o retorno dos técnicos ainda a ser indicado na próxima semana, a plenária aprovou a proposta de data de início do semestre em 8 de julho. 


Foi aprovada a delegação da ADUFOP para o 67º CONAD do ANDES-SN, sendo a professora Joana Amaral como delegada, Kathiuça Bertollo como observadora/suplente de delegada, Rodrigo Nogueira, Marlon Garcia e André Mayer como observadores. O 67º CONAD será realizado entre os dias 26 e 28 de julho, em Belo Horizonte, nas dependências do CEFET MG e tendo como anfitriã o SINDCEFET-MG. O tema central é: “Fortalecer o ANDES SN na luta por orçamento público, salário e em defesa da natureza”. 


A Assembleia fez uma avaliação do movimento paredista, dos termos do acordo com o governo, apresentou os avanços de pontos com a greve docente que apesar de não avançar na pauta da recomposição salarial em relação à proposta apresentada em 27 de maio, seguindo reajuste 0% em 2024, foram conquistados avanços pontuais na carreira, como o compromisso de revogação da Instrução Normativa nº 66, e a Portaria nº 983. Além disso, a plenária destacou a posição e os trabalhos do CLG e do Comando Nacional de Greve (CNG). 


Também foi aprovada a construção de assembleia unificada em agosto deste ano para discutir o orçamento da instituição.


Durante os informes, a mesa alertou de um golpe em nome dos assessores jurídicos da ADUFOP, Guido de Mattos Coutinho e Vinícius de Carvalho Alves Sampaio para cobrar dos/as docentes da UFOP por ações na Justiça. 


Outro informe importante foi o de que em reunião de negociação com a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPPI), ficou acertado de uma extensão dos prazos de entrega dos relatórios finais de Iniciação Científica em, no mínimo, 20 dias, tanto nos editais que encerram em setembro, quanto os que encerram em fevereiro de 2025.


Com o encerramento da greve em 1º de julho, o CLG se dissolveu e a proposta aprovada foi transformar o CLG em Comitê de Mobilização Local Permanente. A greve docente durou 78 dias e seguiu a mobilização nacional do ANDES-SN. Ao todo, foram 64 universidades paralisadas.


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