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Manifestantes ocupam as ruas do paĆ­s contra o PL da Dosimetria e projetos que atacam direitos

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Milhares de manifestantes de diversas cidades brasileiras ocuparam as ruas nesse domingo (14) em defesa da democracia e dos direitos da população brasileira. Protestos foram registrados em mais de 50 cidades do país e tiveram como principal motivação a aprovação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei (PL) 2162/23.


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Ato em Brasƭlia (DF) reuniu milhares na Esplanada dos MinistƩrios (Foto: Eline Luz / Imprensa ANDES-SN)


Conhecido como PL da Dosimetria, a proposta reduz o tempo de progressão de pena para alguns criminosos comuns e beneficia os condenados pela tentativa de golpe de Estado, que culminou no 8 de janeiro de 2023, entre os quais o ex-presidente Jair Bolsonaro. O texto agora tramita no Senado.   


Em setembro, milhares de pessoas tambƩm foram Ơs ruas em mais de 33 cidades, incluindo todas as capitais, contra propostas de anistia Ơs envolvidas e aos envolvidos nos atos golpistas.


O projeto Ć© criticado por beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros rĆ©us, sendo classificado como uma forma de anistia disfarƧada aos crimes contra a democracia. AlĆ©m do PL da Dosimetria, as manifestaƧƵes tambĆ©m foram contra a aprovação da PEC do Marco Temporal das Terras IndĆ­genas, a truculĆŖncia do presidente da CĆ¢mara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a tentativa de cassação do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) e a manutenção da escala de trabalho 6Ɨ1.


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Foto: Rovena Rosa / AgĆŖncia BrasilĀ 


As mobilizaƧƵes foram convocadas por movimentos de esquerda, como as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, alĆ©m de entidades estudantis e sindicais — entre elas o ANDES-SN. Pela manhĆ£, houve atos em capitais como Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), CuiabĆ” (MT), Maceió (AL), Fortaleza (CE), Salvador (BA), BelĆ©m (PA) e BrasĆ­lia (DF), entre outras cidades.


Nas ruas, as e os manifestantes entoaram, em coro, ā€œsem anistia para golpistasā€ durante os protestos e carregaram cartazes com mensagens como ā€œCongresso inimigo do povoā€ e com crĆ­ticas direcionadas ao presidente da CĆ¢mara.


Na capital federal, a concentração foi em frente ao Museu da RepĆŗblica. Depois, milhares de pessoas seguiram em marcha atĆ© o Congresso Nacional, com cartazes com a palavra de ordem ā€œSem anistia para golpistaā€, alĆ©m de crĆ­ticas a Hugo Motta, ao Marco Temporal e em defesa da vida das mulheres.


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Foto: Renata Maffezoli


Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes nos arredores do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Representantes de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de oposição entoaram palavras de ordem contra a anistia aos golpistas e exibiram faixas com críticas ao Congresso Nacional. 


No Rio de Janeiro, a manifestação ocorreu na orla de Copacabana, nas proximidades do Posto 5, com a presença de diversos artistas e shows de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Emicida, entre outros. Em Manaus (AM), centenas participaram do ato, protestando contra a anistia para os golpistas e contra o Marco Temporal. A concentração ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, com caminhada pela Sete de Setembro até a Avenida Eduardo Ribeiro.


JÔ em Salvador (BA), o protesto ocorreu no Morro do Cristo, localizado na Avenida Oceânica, de onde as e os manifestantes seguiram em direção ao Farol da Barra, levando faixas e cartazes contra a aprovação do PL e cobrando pena mÔxima às e aos condenados pela tentativa de golpe e os atos violentos do 8 de janeiro.


O ato em Belém (PA) reuniu pessoas ligadas a movimentos sociais e centrais sindicais. As e os manifestantes saíram da Escadinha da Presidente Vargas, no centro da cidade, em direção à Praça da República.


Na cidade de Porto Alegre (RS), o ato começou com uma concentração no Parque da Redenção, próximo aos arcos do parque. Em seguida, o grupo percorreu algumas das principais ruas da região central da cidade. A manifestação contou com a participação de movimentos sociais, partidos políticos e pessoas da sociedade civil. 


Em Manaus (AM), centenas participaram do ato, protestando contra a anistia para os golpistas e contra o Marco Temporal. A concentração ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, com caminhada pela Sete de Setembro até a Avenida Eduardo Ribeiro.


Atos ocorreram ainda em outras capitais e cidades do paĆ­s. As seƧƵes sindicais do ANDES-SN participaram em diversos protestos. ā€œAs manifestaƧƵes de domingo demonstram que a forƧa da rua Ć© fundamental para enfrentarmos o Congresso inimigo do povo e as medidas que aprofundam a precarização das condiƧƵes de vida da população trabalhadora brasileira. Esse Congresso, que tentou cassar o mandato de um deputado combativo como de Glauber Braga, que ataca a população indĆ­gena e a legislação ambiental, Ć© o mesmo que tenta aprovar a anistia aos golpistas. Ɖ preciso ser contundente e denunciar mais esse ataque. Ɖ preciso que os golpistas sejam responsabilizados por seus crimes e que Bolsonaro cumpra sua penaā€, afirmou ClĆ”udio MendonƧa, presidente do Sindicato Nacional.


Histórico

A mobilização ocorre em um contexto de intensificação de ataques aos direitos sociais e democrÔticos no Congresso Nacional, neste fim de ano legislativo. O PL da Dosimetria foi aprovado na Câmara dos Deputados na madrugada da última quarta-feira (10), em uma tramitação considerada acelerada e pouco transparente. O texto reduz drasticamente as penas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros golpistas condenados pelos crimes cometidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e pela tentativa de golpe de Estado. Leia mais aqui.


A votação foi antecedida por episódios de repressão na Câmara dos Deputados. Na noite de terça-feira (9), o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) foi retirado à força pela Polícia Legislativa durante protesto no PlenÔrio. Jornalistas também foram impedidas e impedidos de registrar a ação, após determinação do presidente da Casa para retirada da imprensa do local e corte do sinal da TV Câmara. Paralelamente, na mesma noite, o Senado Federal aprovou a PEC 48/23, que institui o Marco Temporal das Terras Indígenas, restringindo os processos de demarcação. 


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Fonte: ANDES-SN

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